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A tragédia da Segurança/Ordem Pública no RJ

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 “Poetas, seresteiros, escritores, intelectuais, políticos e namorados, correi, é chegada a hora de escrever e cantar. Talvez as derradeiras noites de luar...” Com os enxertos de nossa responsabilidade, estes versos escritos por GILBERTO GIL, na música “LUNIK-9” cantada por ELIS REGINA em 1967, vieram-me à lembrança diante da hecatombe de batalhão roubando, nascituro deformado no interior do útero por bala perdida, 84 policiais mortos só neste ano, tiroteios a rodo, artistas informando assaltos por bandos armados, numa secessão de acontecimentos que parecem não ter fim e se sucedem com uma regularidade britânica.

 

 

Não acreditamos mesmo, que a nossa “intelligentsia” tão pródiga em artigos nos jornais, tão inspirada na produção de peças de teatro, de filmes, de músicas eternas e de tão significativa bagagem cultural, desconheça a irrestrita e inegável culpa da cúpula policial do Estado pelo que está acontecendo!

 

 

E não acreditamos, porque constatamos diariamente a grande capacidade criativa e técnica desses verdadeiros cientistas, na interpretação dos fatos políticos, que permeiam nossos processos sociais modernos. Não acreditamos, no fundo de nossos corações, que ignorem, o escorchante domínio exercido pelos bandidos sobre a cúpula da nossa organização policial e, de certa forma, sobre a política, já há décadas em suas mais variadas formas!

 

 

Também não podemos acreditar que tenham sido remunerados de qualquer forma para elogiarem as malfadadas UPP’s, assim como para elegerem como heróis os seus criadores, blindando-os de toda crítica e oposição durante quase dez anos.

 

Nada disso. Acreditamos piamente que a autoridade constituída com o apoio da sociedade já tenha entendido que não é possível proteger galinheiro com a raposa, e que uma Polícia fraca, incompetente e corrupta, a partir de seus dirigentes, não vai nunca garantir a incolumidade das pessoas e a preservação da ordem pública, prescritas no caput do Art 144 da Constituição Federal, sem embargo da convicção de que os pobres, pretos e moradores das comunidades nunca foram os criminosos deste país, muito pelo contrário, sendo absolutamente certo que precisam, necessitam, postulam e clamam pelo advento no Rio de Janeiro de uma Polícia proba, competente, atuante que os proteja durante as 24 horas de todos os dias.

 

 

“Poetas, seresteiros, namorados, correi, é chegada a hora de escrever e cantar, talvez, as derradeiras noites de luar...!” Acabou a Segurança do RJ. Valha-nos DEUS!

 

PAULO AFONSO CUNHA

Cel PM RR RG 21.140 – Presidente da NitTrans

 

Praça Fonseca Ramos, s/n°, Centro de Niterói - CEP: 24.030.020 - Terminal Rodoviário Roberto Silveira.

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