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Caríssimo cineasta CACÁ DIEGUES

 

 

        Tenho admiração por sua obra e por inteligentes artigos que leio no jornal, porém, ao se aventurar no tema Segurança Pública o brilhante pensador fraqueja ciclopicamente, seguindo à risca, a linha editorial do nosso “O GLOBO”.

 

        Como PASCAL (alguns atribuem a VOLTAIRE) na iluminada frase: “Não concordo com uma palavra do que dizes, mas respeitarei até a morte, o direito de dizê-las”, é duro ver chamado de “herói público” uma autoridade que tentou destruir e até acabar com a única defesa pública bicentenariamente eleita pelo povo brasileiro para defendê-lo, efetivamente, contra bandidos e violadores da ordem pública, as polícias militares (estão em todas as constituições brasileiras desde o império).

 

        Como chamar de herói um Secretário que fecha quartéis centenários destinados à preparação, motivação, provisão logística, assistência médica e psicológica, alimentação e treinamento do ser humano policial militar, eleito pelo povo para protegê-lo? Como chamar de herói quem rouba da população fluminense o direito a ter este profissional no exercício constitucional da autoridade de polícia ostensiva de trânsito, e também, da autoridade de segurança externa de estabelecimentos penais, garantia de cumprimento integral de sentenças judiciais?

 

        Como chamar de herói quem enfurna seres humanos em “containers” fétidos e quer que reprimam armas, mas façam “vista grossa” à ilegal venda e até consumo de drogas, desmoralizando institucionalmente o exercício da autoridade policial e degolando o cumprimento do art. 301 do Código de Processo Penal, fundamento da ação policial desde 1944?

 

        Não vou falar de órfãos e famílias enlutadas de Policiais, nem na espiral de latrocínios e homicídios sofridos pelas pessoas inocentes, também atingidas por balas perdidas, assim como não vou falar da explosão de violência em cidades vizinhas como Niterói e Baixada Fluminense!

 

        Para finalizar, quero lhe dizer que ainda vou entender esta blindagem midiática do herói, que os pobres do Alemão, da Rocinha, do Pavão/Pavãozinho/Cantagalo, entre outros, querem ver pelas costas, dizendo ao nobilíssimo articulista que em 1995/1996, com ambiência semelhante, exerci o comando do 23º BPM (hoje alquebrado pelo herói), em cuja área de policiamento está a Rocinha, Vidigal e a Cruzada São Sebastião, além dos bairros Ipanema, Leblon, Gávea e São Conrado e se nestes locais houvesse UMA sequer, apenas UMA ocorrência como a do “AMARILDO”, seria demitido do comando, punido, transferido “ex officio” para reserva e execrado publicamente! E comandei e provi a segurança dos senhores trabalhadores, estudantes, donas de casa, comerciantes, escolas e todos na Rocinha, com efetivo de 30 Policiais Militares, na escala de 24X48, que significa 10 (dez) por dia, alimentados, treinados, motivados, preparados e logisticamente atendidos pelo quartel, hoje esfacelado pelo herói, que usa 800 PMs para que todo dia tenha tiroteio!

 

 

        Datissima Maxima Venia.

        Não sei se de propósito, o artigo abaixo do seu também retrata caso de “mentira democrática” ou “como enganar brasileiro/carioca/fluminense por tanto tempo”.

 

        Também estou encaminhando, textos enviados às autoridades responsáveis e artigos referentes. Tenho certeza de que o Sr gosta e ama a verdade, pela grandeza do seu trabalho!

 

        Atenciosamente

 

          PAULO AFONSO CUNHA

       

       

Praça Fonseca Ramos, s/n°, Centro de Niterói - CEP: 24.030.020 - Terminal Rodoviário Roberto Silveira.

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