Filosofia e história ensinam trânsito e transporte
Os professores Carlos Alberto Rabaça e Marcelos de Carvalho Caldeira têm em comum o conhecimento transformador da realidade. Essa é a conclusão depois de ouvir as palestras que deram no sexto dia da Semana Nacional do Trânsito.
O professor Rabaça questionou o crescimento tecnológico que não foi acompanhado pelo desenvolvimento humano. Por isso, há uma compulsão ‘em ter’ maior do que ‘em ser’. Tal postura afeta o trânsito tornando a circulação pelas ruas uma competição em busca de um prêmio que se desconhece qual seja. Para o sociólogo, a Educação é a força capaz de transformar essa realidade negativa para que o trânsito deixe de fabricar vítimas.
O professor Marcelos (diretor do Colégio Pedro II de Niterói) transmitiu uma visão abrangente do transporte no Brasil desde Dom João VI que foi o primeiro a pensar na integração nacional. A ele, devemos a ligação entre as capitanias através dos Correios o que deu origem a abertura de estradas. Na viagem histórica da palestra, visitamos a imagem de empreendedor do Barão de Mauá, fundador da primeira ferrovia brasileira que daria origem a uma malha ferroviária consolidada por Getúlio Vargas. Infelizmente, já há alguns anos, a ferrovia deu lugar ao transporte rodoviário que, embora tenha trazido progresso ao país, precisa de reformulação nestes tempos de valorização da ecologia. Não há como negar que o trem é o transporte ecologicamente correto.
Filosofia e História se uniram nas palestras de Carlos Alberto Rabaça e Marcelos de Carvalho Caldeira, convidados brilhantes em mais um dia proveitoso da Semana Nacional do Trânsito.